segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Descodificando as profecias

Uma terça parte das escrituras é composta por profecias. Será que as profecias foram colocadas nas Escritras para encher papel? Ou será que têm algum propósito importante?
O Propósito das Profecias:
  • Aumentar a fé
  • Emitir um aviso
  • Fornecer um tempo de preparação antecipado
  • Levar-nos ao arrependimento
  • Evitar as consequências
Crer, arrepender, entender e preparar. (Hel 14:11-13; D&C 84:117; Hel 14:9.)




Joseph Smith disse:
"O livro do Apocalipse é um dos livros mais claros que Deus já fez com que fossem escritos." (Joseph Smith, "Ensinamentos")
Será que numa primeira abordagem existe muita gente disposta a concordar com o Profeta Joseph? Posso garantir que no final deste estudo, todos irão concordar que o Apocalipse é um livro claro.

A palavra apocalipse não significa o fim do mundo. O verdadeiro significado da palavra é este:
Apokálypsis (gr.) = o levantar do véu

Percebo que muitos dirão neste momento que as Escrituras possuem várias passagens pouco claras, que falam de animais estranhos com várias cabeças, de nomes de lugares pouco conhecidos, de reis cujo nome não é divulgado, de anjos e pragas que não se percebe muito bem o que são, e a lista continua. Precisam de ser munidos com as ferramentas que lhes permitirão interpretar a mensagem contida nessas passagens, e é isso que vai acontecer já a seguir.


Princípios-chave para descodificar profecias ocultas:

  • Estilo literário e estrutura: Cada época ou autor possui uma forma de escrever distinta e diferente, muitas vezes expressa de forma poética ou metafórica. Quanto à estrutura do livro que mais vamos estudar aqui, o Apocalipse de João, ele foi organizado da seguinte maneira:
Cartas às sete igrejas (elogios, reprimendas, condenações, promessas)
  • Descontinuidade temporal: As narrativas dos textos escriturísticos não seguem uma linhagem de tempo contínua, ao invés disso saltam para trás e para a frente.
  • Paralelismo: As visões proféticas foram testemunhadas por mais de um profeta, pelo que o registo de um compreende-se melhor com a ajuda do registo de outro e vice-versa.
Apocalipse = Daniel = 1 Néfi 13-14 = Zacarias = Joel
Apocapipse 13 =

  • Dualidade: As profecias têm um duplo significado, uma mesma profecia refere-se a um dado evento e a um outro semelhante no futuro, a História repete-se a si mesma (p.ex.: a vinda do Messias).
  • Profundidade: Existem camadas sobrepostas (tal como o Shrek) de múltiplos significados, as mais superficiais para os iniciados e as mais profundas para os que têm mais maturidade (para além do Instituto), as quais podem passar desapercebidas aos desatentos. Temos de espremer todo o sumo, de cavar mais fundo, de ler nas entrelinhas e de olhar através do superficial, tal como se estivéssemos a contemplar um estereograma.
  • Esoterismo: Certas mensagens nas escrituras, tais como a descrição de eventos mundiais futuros, foram codificadas através de representação simbólica porque são destinadas a ser interpretadas apenas por um grupo restrito de pessoas. Como hoje em dia não temos na nossa posse os manuscritos originais, escritos pela própria mão dos seus autores, as profecias foram registadas desta maneira para que pudessem sobreviver ao teste do tempo, para que os escribas não omitissem certas partes claras que não lhes conviessem enquanto estivessem a fazer as suas transcrições e traduções. Este é o verdadeiro e autêntico Código da Bíblia:
Animais = nações
Chifres, pontas = poder político
Asas = poder divino
Olhos = visão
Velas, castiçais = iluminação, revelação

  • Numerologia: Certos números nas Escrituras ocorrem repetidamente porque possuem um significado divino e propriedades matemáticas distintas, bem como os seus múltiplos e divisores mais directos.
7 = Plenitude
3,5 anos = 1/2 * 7 = 42 meses = 1260 dias
10 = Parte de um todo, base
12 = Povo do convénio, sacerdócio
33 = Orientação
40 = Preparação
50 = 7 * 7 + 1 = Jubileu (jobelim = clarins)
1000 = Multidão
1000 * 2/3 = 666 = 33,3... * 20 = Perdição (Hexacosioihexecontahexafobia de John Kirsh e outros
144000 = 12 * (12 * 1000)
  • Teomática (guimátria e isopséfia): O valor numérico das palavras (hebraico e grego e até mesmo latim, antes da adopção da numeração árabe).
  • Conhecimento secular
  • Inconstância histórica: O mundo está em permanente agitação e mudança, as fronteiras e os sistemas políticos nunca são eternos.
  • Semântica original: As palavras contidas nas escrituras querem dizer exactamente o que querem dizer, sendo o seu significado vocabular literal e autêntico, o qual deve ser correctamente consultado e aceite e nunca deturpado (p.ex.: Moisés viu Deus face a face). O significado etimológico de uma palavra noutro idioma, local ou época pode ser ligeiramente diferente daquele que vulgarmente lhe atribuímos (p.ex.: caridade, alma, Aleluia, Amém, etc.).
  • Veracidade literal: Tudo o que está escrito nas escrituras tem um significado literal e corresponde à mais pura das verdades, descrevendo exactamente o que aconteceu ou o que irá acontecer na realidade. As únicas faltas que poderão conter são da exclusiva responsabilidade de escribas ou tradutores.
  • Assunto: As passagens de escritura menos claras falam de duas coisas: ou do Convénio ou de eventos futuros.
  • Proximidade:
  • Humildade: Da mesma forma que Sócrates ("Só sei que nada sei"), nenhum ser humano é detentor da verdade absoluta e existe sempre alguém mais sábio do que nós, pelo que devemos estar em constante aprendizagem e correcção, e não nos podemos dar ao luxo de nos auto-intitularmos de mensageiros messiânicos, mas devemos partilhar o pouco que sabemos devido a uma genuína caridade pelo nosso semelhante.
  • Visão geral: As passagens de escrituras não podem ser vistas fora do contexto nem separadamente umas das outras, sem se ter a noção de que são apenas fragmentos de um grande puzzle e que fazem parte de um grande todo circunscrito, pelo que temos de ter sempre uma visão geral do quadro completo. Embora por vezes assim possa parecer, as escrituras nunca se contradizem a si mesmas.
  • Consistência: Tudo tem de estar devidamente fundamentado, com bases bem sólidas e evidências concludentes irrefutáveis, separando minuciosamente o trigo do joio, sem falhas nem colagens, irrepreensível, imaculado.
  • Espírito de profecia: O que foi escrito através do espírito de profecia só pode ser interpretado pelo mesmo espírito. Este é o princípio mais importante!

A compreensão destes princípios ajuda-nos a desenvecilhar o significado de certos textos sagrados. Com base nisto, o que outrora era oculto, nebuloso, envolto num véu, selado, torna-se agora mais claro.

Há pouco tempo atrás houve vários eruditos que afirmaram que as escrituras continham mensagens escondidas em código, ou que os quadros de Da Vinci continham mensagens escondidas. Na verdade, a Bíblia, como já vimos, contém mensagens escondidas destinadas apenas aos eleitos, mas o seu código é metafórico e simbólico, atribuindo a determinada coisa a imagem de outra coisa, como por exemplo um animal, sem nunca referir o seu nome, mas dando algumas dicas sobre as características dessa coisa.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Os Profetas do Apocalipse

Os Profetas do Apocalipse: Um estudo escatológico sobre as visões de João e Daniel
Paulo Sousa




"Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco,
os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância da jornada de um sábado." (Actos 1:9-12 )


"E estando ele sentado no monte das oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo." (Mat 24:3)


O que vou aqui apresentar tem por base um estudo aprofundado que realizei entre 2005 e 2006 durante um extenso período de 9 meses e que ainda neste momento está em desenvolvimento com o aparecimento de novas descobertas e com o desenrolar de novos acontecimentos mundiais. O que impulsionou este estudo foi o ansejo de conseguir identificar os sinais que antecederiam a Segunda Vinda de Jesus Cristo. Depois de ter saciado a minha curiosidade, o que descobri foi fantástico e abriu-me realmente os olhos, e de seguida senti-me na responsabilidade de compartilhar o que descobri com os outros.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aviso

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a posição oficial por parte de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, expressam apenas a opinião pessoal do seu autor, pelas quais o próprio é inteiramente responsável, e embora façam alusão a certas instituições, líderes ou individualidades, não pretendem de maneira alguma ofender as convicções políticas ou religiosas ou a nacionalidade de cada um, pelas quais o autor tem um profundo respeito. Pretende-se apenas fazer uma previsão de eventos futuros e uma exposição de informações factuais, após o qual cada um é convidado a tirar as suas próprias conclusões e a tecer os seus próprios comentários e perguntas. Salvo a excepção de certas citações ou imagens da autoria de terceiros, o restante conteúdo deste trabalho é propriedade intelectual do seu autor, pelo que não está autorizada a extracção total ou parcial do seu conteúdo sem a autorização expressa do mesmo e sem a menção da sua fonte.

© 2009 Paulo J. Sousa